Lembranças quentes

Naquele dia de final de inverno, frio, tristonho e solitário, eu na cama aquecida, coberta pelas lembranças do passado.
Sentia seu cheiro, que ia entrando junto com o frio, pelas frestas e, você apareceu,  foi se despindo, das roupas, dos pudores e das agruras do seu dia. Seu corpo moreno e cansado, caminhava para o banho e, eu via, pela porta entreaberta, a água e a espuma cobrirem teu corpo que assim, se refazia do cansaço.
Então, nua fiquei, e juntei-me a esse banho, esperando receber todo o teu carinho, tuas carícias e o calor que só teu amor conseguia me dar. 
Rápido, com um forte abraço, você me alcançou, juntando nossos corpos, eu pude sentir o gosto de sua boca em minha boca, sua língua percorrendo meu pescoço, meu peito, os seios. Os nossos corpos ensaboados giravam, num baile de infindável desejo.
Tuas mãos grandes e macias me tocando, me puxando, pedindo tudo de mim.
E eu, feito gata no cio, roçando, gemendo e querendo todo teu calor, teu sexo, teu amor.
Senti sua carne em minha carne se esfregando, procurando, me penetrando. Devagar, molhado, forte, na medida certa do meu desejo, que agora, já se perdia entre tua boca, teu sexo, sussurros e beijos.
A água morna, a espuma deslizando e nós dois delirando de tesão, querendo entre braços, pernas, beijos e abraços, de tudo esquecer, na vida nos perder. No êxtase total, a entrega, o máximo do prazer.
E, depois do gozo, no final desse meu delírio, o frio me fez acordar, minhas unhas cravadas nos lençóis, o cheiro do gozo em meu corpo, a umidade em meu sexo, me fizeram lembrar que você ainda está em mim, me amando, me penetrando, me dando e eu querendo esse nosso prazer. . .

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