*...quem sou eu

Foto de 2017

Quando fiz uma tatuagem aos 18 anos, ainda não era moda para as meninas "direitas", (1975), 
nessa época foi que comecei a experimentar o gosto do preconceito, e acima de tudo saboreei o prazer de "ser diferente".
Resolvi assumir riscos e ter a alma livre para fazer o que achasse certo em minha vida, e o certo muitas vezes era errado, mas jamais feri ou maltratei alguém e se magooei peço desculpas.
Eu poderia ser "perfeita", fui criada por meus avós para ser assim, ser perfeita. Não uma mulher perfeita, apenas um ser humano perfeito dentro de seus direitos e deveres, erros e acertos e sei que não sou nada isso, porém me esforço. 
Já errei! errei muito e continuo errando. E quem não errou? 
Errei e aprendi com os erros e se não aprendi vou  tentando acertar.
Perdi o grande amor ou deixei escapar, ainda não sei...
Mas, a vida me deu novas paixões.
Fui loira, ruiva, morena, magra, gostosa, cobiçada, desprezada, amada. Fui muita coisa ...
Hoje sou apenas Kika Perez, Kika por adoção, Perez por registro, sou a pessoa a qual odeiam, amam, esquecem ou guardam para sempre.
Não me preocupo se não estou agradando, uma das coisas que aprendi foi dizer o que sinto e talvez por isso tenha poucos amigos, assim como eu, as pessoas não gostam muito de ouvir. 
Não tenho inimigos declarados e sei que inimigos não se declaram.
Vou vivendo hoje o que me resta, o melhor que a vida me oferece e adoro a vida e a minha história de vida.
Posso não ser um bom exemplo, posso não ser a melhor das criaturas, mas sei que não sou a pior também,
apenas sempre segui em frente com o que tenho,  vou driblando os preconceitos que mudam de cara e cor, mas mantém o mesmo gosto difícil de engolir e que as vezes me faz vomitar aos berros palavras que deveria calar.
E, nesse espaço vou rabiscar um pouco de sentimentos e ressentimentos, alegrias e tristezas, amores e dissabores, coisas que fui acumulando e que deixo aqui, por sentir que merecem ser lembradas e revividas, nem que seja por mim mesma, nem que seja prá matar a saudades, nem que seja para avivar a memória que as vezes me trai.
Enfim, me resumo da seguinte forma; mulher, brasileira, artesã por dom, necessidade e opção.
De tudo que faço, de todas habilidades e canastrices, o que faço de melhor é ser eu.
Mãe, avó, bisavó, corinthiana, tatuada, complicada, sou muito chata nas horas vagas e nas horas não vagas... Sou chata também.

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